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Déficit de autopeças chega a US$ 4 bi

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A indústria nacional de autopeças é uma das que vêm sofrendo com a forte entrada de produtos importados. Nos primeiros dez meses do ano, o déficit da balança comercial do setor cresceu 29,35%, de acordo com levantamento do Sindicato da Indústria de Componentes de Veículos Automotores.

O saldo negativo passou de US$ 3,12 bilhões de janeiro a outubro de 2010 para US$ 4,04 bilhões no mesmo período de 2011. No acumulado deste ano até o mês passado, as importações somaram US$ 13,382 bilhões, frente a exportações de US$ 9,346 bilhões.

O estudo da CNI também mostra a crescente presença da autopeça estrangeira no mercado nacional. O coeficiente de penetração das importações no segmento era de 17,6% em 2009 e já está em 22,1%.

Segundo o diretor da regional do Centro das Indústrias no Estado de São Paulo em Santo André, Emanuel Teixeira, que é empresário desse ramo industrial, a perda de espaço para o produto de outros países se dá por razões que fogem do controle das empresas. "O processo de produção não é o problema, dentro da fábrica, somos extremamente competitivos", afirma.

No entanto, ele assinala que os impostos, o custo da matéria-prima, o frete, os encargos trabalhistas, tudo isso dá desvantagem ao fabricante brasileiro. Com isso, Teixeira diz que, ou o industrial também passa a importar componentes, ou ele quebra.

Fonte: Diário do Grande ABC
Data de publicação: 23/11/2011

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Importado é 21% do consumo nacional

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A participação dos produtos importados no mercado brasileiro é recorde neste ano. O chamado coeficiente de penetração das importações - que é quanto os itens industriais do Exterior representam do total do consumo nacional - atingiu 21,5% no acumulado dos último quatro trimestres até setembro, aponta estudo da Confederação Nacional da Indústria.

Isso significa que, de tudo que é consumido no País, como insumo pelas indústrias ou produto final pelas pessoas, 21,5% (mais de um quinto) vêm de fora. Esse índice vem em crescimento constante (com exceção de 2009) desde 2003, passando de 12,1% nesse ano para 20,3% no ano passado.

Segundo o economista da CNI Marcelo Azevedo, a valorização do real ajudou nesse processo, não só pela maior entrada de competidores estrangeiros, mas porque os fabricantes nacionais, para enfrentar em melhores condições a concorrência externa, têm adquirido mais componentes de outros países. O gerente executivo da unidade de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, assinala ainda que, junto com a questão cambial, a retração da economia mundial também colabora para tornar atrativo o mercado brasileiro.

VELOCIDADE - Para o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, Júlio Gomes de Almeida, que é ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, salta aos olhos a velocidade com que vem crescendo o coeficiente de penetração das importações, enquanto o índice de exportações de manufaturados em relação à produção nacional segue estabilizada.

Almeida avalia que só se houvesse expansão tanto da aquisição de itens do Exterior quanto do volume de encomendas nacionais a outros países isso seria positivo, indicando processo de modernização da economia. No entanto, não é o que acontece.

A questão, segundo ele, preocupa, já que aponta tendência de perda de mercado e também de empregos para outros países. E se a situação, de forma geral, é preocupante, em alguns segmentos "é dramática", pela rápida perda de espaço para o importado. É o caso, por exemplo, de máquinas e equipamentos, cujo coeficiente de importação cresceu de 31,9% em 2009 para 39,7% neste ano, e produtos têxteis, cujo índice saltou de 14,65% para 22,6% nesse período.

Fonte: Diário do Grande ABC
Data de publicação: 23/11/2011

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Roubo de carros crescem quase 6%

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Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que São Bernardo lidera a lista de roubos e furtos de veículos na região neste ano, com 5.785 casos registrados entre janeiro e novembro. A cidade ocupa a terceira posição no ranking estadual (veja abaixo), atrás apenas da Capital e de Campinas, e está à frente de Santo André (4ª), Diadema (8ª), Mauá (11ª) e São Caetano (12ª).

O problema é crônico, mas a Polícia Militar diz que 60% dos veículos são recuperados. A média é de 160 casos solucionados por mês, contra 60 no restante do Estado. Mas o que é necessário fazer para conter os índices?

"Reduzir a frota", disse o comandante da Polícia Militar no Grande ABC, coronel Roberval França. A região teve crescimento de 75% no número de veículos nos últimos dez anos. A população cresceu 8% no mesmo período. "Isso atrai a criminalidade", completou.

"Com a falta de estacionamentos apropriados, o carro acaba sendo deixado na rua, o que facilita a ação dos criminosos", disse o comandante. O Grande ABC, por ser caminho entre Litoral e Capital, concentra grandes números de desmanches irregulares. Também por isso, há migração de ladrões de outros lugares para a região, na avaliação do policial.”

Fonte: Diário do Grande ABC
Data de publicação: 11/12/2011